A pedra fundamental do novo aeroporto da região metropolitana de São Paulo foi lançada nesta terça-feira (02/09), com a presença do ministro da Aviação Civil, Moreira Franco. O Aeroporto Executivo Catarina, em São Roque, a 30 minutos da capital paulista, deverá ajudar a desafogar os aeroportos de Congonhas e Campo de Marte, que hoje concentram a movimentação da aviação geral.
Catarina é um dos sete aeroportos já autorizados pela SAC (Secretaria de Aviação Civil) para operar como terminais de uso público. Por essa modalidade de outorga, eles poderão receber voos da aviação geral com cobrança de tarifa. Os aeroportos estão localizados em João Pessoa (PB), Búzios (RJ) e Igarassu (PE), além de Caçapava, no interior de São Paulo, São Roque e a própria capital paulista.
“A presidenta Dilma permitiu que autorizássemos aeroportos privados para a aviação geral. Entramos em contato com outros empreendedores para criar aeroportos dessa natureza e analisamos pedidos de outros empreendimentos. Temos a necessidade dessa especificidade; afinal, somos a segunda frota de aviações executivos do mundo”, disse o ministro. A modalidade de outorga por autorização foi criada por decreto presidencial em dezembro de 2012.
“Tenho solicitado aos governadores que procurem áreas para a instalação de futuros aeroportos, para que desenvolvamos a aviação geral. Hoje, a maioria de nossos aeroportos fica em grandes cidades. Eles eram distantes, mas as cidades cresceram. Há casos em que o muro do aeroporto é o da própria casa de um morador, como em Teresina. A dica é buscar áreas que não estejam nas partes adensadas das regiões metropolitanas, principalmente por questões de segurança”, explicou Moreira Franco.
Segundo o ministro, além de aliviar o estresse dos aeroportos da capital, o empreendimento de São Roque ajudará a levar investimentos e novos negócios à região. Moreira Franco afirmou, ainda, que um aeroporto com essas características, na Região Metropolitana de São Paulo, terá de ser internacional. “Vai dar mais competitividade e desenvoltura às operações aéreas.” A empresa JHSF, dona do aeroporto, estima que a obra vá gerar 5.000 empregos diretos e indiretos, com aproveitamento da mão de obra local.
“A modalidade de autorização é válida somente para aeroportos voltados à aviação geral. O investimento, o risco e a operação ficam sob a responsabilidade do setor privado”, explicou Rogério Coimbra, secretário de Política Regulatória da SAC.
No caso do Aeroporto Executivo Catarina, após a publicação do decreto de 2012, a construtora protocolou um pedido de autorização para construir o aeroporto. E, a partir dali, partiu para obter as licenças ambientas. “Algumas coisas são fiscalizadas até depois do aeroporto ficar pronto. Mas temos boas perspectivas de ser um projeto bem-sucedido, com aeronaves de aviação geral de grande porte. A pista terá comprimento e largura adequados”, afirmou Coimbra. sem aviso prévio.
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