Equipe de segurança fez simulação de incêndio para testar novos caminhões (Foto: Guilherme Brito/ G1)
Galeão, no Rio, investe em segurança para receber aviões de grande porte
Aeroporto Internacional quer subir da categoria 9 para a 10. Com status, Galeão receberá aviões com até 600 passageiros.
Quatro caminhões de grande porte para o combate a incêndio em aeronaves começam a operar nesta quarta-feira (24) no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão, Ilha do Governador. O objetivo da concessionária Rio Galeão é melhorar a classificação do aeroporto do Rio para o receber aeronaves de grande porte, da categoria F, com dois andares e até 600 passageiros.
Segundo técnicos, a atual classificação do Galeão é 9 e a equipe pretende evoluir de patamar para a classificação 10 até o fim do ano. Se o status for atingido, o Aeroporto Internacional do Rio pode ser o primeiro da América Latina a operar voos regulares de aviões deste tipo. Ainda segundo os técnicos, o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, é habilitado para tal, mas não receberia as aeronaves de forma regular.
De acordo com a Rio Galeão, os caminhões contra incêndio, de modelo Panther 6x6, são considerados os mais modernos do mundo e foram adquiridos com um investimento de R$ 10 milhões. Os veículos contam com câmeras térmicas e sensores de infravermelho que permitem visualizar os focos do incêndio mesmo que a aeronave esteja totalmente coberta pela fumaça.
Batismo dos novos caminhões de incêndio no
Galeão (Foto: Guilherme Brito/ G1)
A operação dos carros ocorreu após uma espécie de batismo. Os novos caminhões passaram por um arco d'água feito pelos veículos mais antigos. (Veja na foto ao lado). Além disso, uma simulação de incêndio foi feita em um avião da TAM para avaliar o tempo levado pelos caminhões para combater as supostas chamas, que foram feitas de fumaça.
"Estamos fazendo de tudo, nos preparando tecnicamente para receber os veículos de classe F, como os 747-800 e os A-380", disse Alessandro Oliveira, gerente de respostas de emergências do aeroporto.
Segundo ele, há outras medidas que precisam ser adotadas para que o Galeão avance de classificação. "Começa desde tamanho e largura de pista, equipamentos de bombeiros, água [para apagar o fogo], veículos e tecnologia. Nós estamos fazendo uma compra muito grande de equipamentos", explicou.
Aeroporto investiu R$ 10 milhões na compra dos
caminhões (Foto: Guilherme Brito/ G1)
Alessandro ressaltou também que o número de homens disponíveis para uma emergência também aumentou de 111 para 160 para suprir a demanda das aeronaves que estão por vir. A mudança de status do Galeão também depende de uma autorização da Agência Nacional de Aviação (Anac).
Transporte da derrota brasileira
Ainda segundo o gerente, o único avião de grande porte, como o modelo 747-800, que pousou no Galeão foi da seleção da Alemanha após o fim da Copa do Mundo no Maracanã, em julho deste ano. A operação foi feita para levar a taça do mundial de futebol embora do Brasil, rumo ao país vencedor da competição.
"Infelizmente esse foi o único que pousou no Galeão e precisou de uma autorização especial para levar os atletas", brincou.