Aeroportos do Rio-Galeão e Confins serão administrados por empresas que são referência no mundo.

Os principais aeroportos do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte já têm seus novos administradores. O Galeão será administrado por ninguém menos que a empresa que gerencia o Aeroporto de Singapura, eleito várias vezes o melhor aeroporto do mundo. Já Confins  será administrado pela mesma empresa que administra os aeroporto Munique e Zurique, ambos entre os sete melhores do mundo.

A notícia é ótima para quem sonha em ter melhores serviços em dois dos maiores aeroportos brasileiros. Tudo bem que estamos dez anos atrasados, graças ao terrorismo e a evangelização de que a privatização é algo ruim. Os aeroportos de Brasília, Campinas e Guarulhos já provaram que, apesar das falhas no leilão e no modelo de concessão adotado, a privatização é absurdamente vantajosa para os passageiros. Em apenas um ano e meio Campinas terá um aeroporto enorme completamente novo e Brasília e São Paulo terão aeroportos muito mais modernos e com capacidade muito maior.

O leilão de Galeão e Confins arrecadou R$ 20,8 bilhões - 251% a mais que os R$ 5,9 bilhões mínimos previsto na disputa. Porém o mais importante é o quanto o Brasil ganhará com dois belos aeroportos, maiores, mais modernos e muito mais eficientes.

Confirmado o resultado após a fase de recursos, o Galeão passará a ser administrado pelo consórcio “Aeroportos do Futuro”, formado pela construtora Odebrecht e pela operadora Changi, de Cingapura. O grupo apresentou uma proposta de R$ 19 bilhões, que representa uma diferença sobre o valor mínimo de 294%. A segunda maior proposta foi da construtora Carioca, no valor de R$ 14,5 bilhões.

Já o leilão de Confins, foi vencido pela construtora CCR, com um lance bem mais “humilde”: R$ 1,82 bilhões – 66% acima do valor mínimo previsto. O consórcio que administrará o terminal mineiro é formado ainda pelos operadores dos aeroportos de Munique e Zurique

Cinco consórcios concorreram para administrar os dois aeroportos. Todos disputaram Galeão, mas apenas três também fizeram propostas para Confins. Disputaram apenas o Galeão os consórcios “Novo aeroporto Galeão”, formado por EcoRodovias, Invepar e Fraport, e “Sócrates”, formado pela construtora Carioca e pelos operadores dos aeroportos de Amsterdã e Paris.

Já os consórcio “Aeroportos do Futuro”, formado por Odebrecht e Changi (operadora de Cingapura), “Aliança Atlântica Aeroportos” (Queiroz Galvão com Ferrovial, gestora espanhola que administra Heathrow, em Londres) e “Aero Brasil” (CCR com os operadores dos aeroportos de Munique e Zurique), apresentaram propostas para Galeão e Confins.

O Galeão recebeu 17,5 milhões de passageiros no ano de 2012 e é o segundo mais movimentado do país. O tempo de concessão é de 25 anos e a projeção de demanda é de 60 milhões de passageiros/ano em 2038 (fim da concessão). Os investimentos previstos são de R$ 5,7 bilhões e incluem a construção de 26 pontes de embarque 2016, construção de estacionamento com capacidade mínima para 1.850 veículos (fim de 2015) e sistema de pistas independentes .

Já o aeroporto de Confins teve 10,4 milhões de passageiros no ano passado e é o quinto mais movimentado do Brasil. Com prazo de concessão de 30 anos, ele tem demanda prevista até 2043 (fim da concessão) de 43 milhões de passageiros/ano. O novo administrador terá que investir R$ 3,5 bilhões em obras que incluem a construção de novo terminal de passageiros com, no mínimo, 14 pontes de embarque até 2016 e de uma segunda pista independente até 2020.

Os dois contratos poderão ser prorrogados por até cinco anos, uma única vez, sob condições específicas previstas em contrato.

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