A partir de 1º de junho de 2013, a Etihad Airways inicia operações diretas para o Brasil. A companhia aérea de alto luxo ligará São Paulo a Abu Dhabi diariamente com a aeronave A340-600. "O Brasil é o nosso primeiro destino na América do Sul e a quinta cidade que operamos nas Américas", anunciou James Hogan, presidente e CEO da Etihad Arways, em encontro com a imprensa nesta sexta-feira (14/09) na capital paulista. A Etihad opera também para Toronto, Nova York e Chicago. É a primeira vez que o executivo visita o Brasil. A rota parte de Abu Dhabi às 09h45, chegando no aeroporto internacional de Guarulhos às 17h55. São 15 horas de voo. A frequência de retorno leva uma hora a menos. O avião sai de São Paulo às 00h35, pousando na cidade árabe às 20h20. "Teremos três classe de serviço - a primeira classe com 12 assentos, a executiva com 32 lugares e a econômica com 248 poltronas. Serão ofertados 4.088 assentos por semana", acrescentou Hogan. Enquanto na primeira classe os passageiros contarão com um chef exclusivo e preparam refeições personalizadas, os clientes da classe executiva terão à disposição assentos que reclinam totalmente. "Além disso, eliminamos as poltronas do meio", ressaltou o presidente. A classe econômica, por sua vez, oferecem telas individuais compatíveis com aquelas existentes na primeira classe de muitas empresas aéreas. Serão 600 horas de entretenimento a bordo, incluído títulos em português. A tripulação a bordo também será composta por brasileiros. Hoje, a Etihad integra, em seu quadro de colaboradores, 50 brasileiros, sendo 18 pilotos e 27 comissários de bordo. A ideia, segundo
Hogan, é ampliar esse número. "Vamos recrutar mais tripulantes no Brasil. Devemos contratar entre 20 e 25 novos funcionários. Eles ficarão sediados nos Emirados Árabes Unidos", comentou. Uma equipe comercial no Brasil também será formada. Sob a liderança de Juan Torres, vice-presidente para as Américas e
gerente geral da Etihad Airways no Brasil, a companhia abre um escritório em São Paulo até novembo deste ano. O endereço ainda não foi definido. "Devemos contratar 15 profissionais para a área comercial no Brasil", anunciou Torres, mencionando que em fevereiro do ano que vem a ferramenta de vendas da Etihad estará peparado para a comercialização total dos bilhetes. Nesta data, está prevista a transferência final do
sistema da Amadeus para o Sabre e a inauguração de um website oficial da empresa no idioma português. "Mundialmente, as operadoras, consolidadoras e agências online correspondem a 86% de nossas vendas. Esse cenário não será diferente no Brasil", justificou Torres.
Os detalhes operacionais da Etihad Airways no aeroporto internacional de Guarulhos também estão sendo fechados. O presidente adiantou que, num prazo de três e seis meses, serão escolhidos a empresa responsável pelo catering no país e em que local funcionará a sala vip da empresa. Ainda nesse período, a Etihad pretende firmar code-shares com empresas aéreas sul-americanas para expandir sua
atuação no Brasil. Atualmente, a Etihad tem 38 parcerias de codeshare, atendendo 323 destinos. "Temos apenas nove anos de atividade e somamos uma receita de US$ 6.5 bilhões. Embora vivemos um crescimento acelerado, temos nosso planejamento. Começamos servindo o mercado doméstico, depois focamos na Índia e agora ampliamos nossa presença para a Austrália, Europa e Américas. Nossa
meta é manter taxas de ocupação entre 70% e 80% em todos os nossos voos.
Entendemos que esse é o momento certo para conseguirmos isso no Brasil", explicou James Hogan. A companhia tem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) desde 2010.
Por meio da rota São Paulo-Abu Dhabi, a Etihad buscará ainda atender ao passageiro brasileiro em conexão para outros destino na Ásia, Oriente Médio, África e Américas.
"A partir de abril do ano que vem teremos voos diários para Tóquio. Isso contribuirá para atender ao brasileiro que quer chegar a região asiática", salientou James Hogan. Mundialmente, a Etihad transporta 10
milhões de passageiros e oferece 1.300 voos por dia. Até o final deste ano, a companhia contabiliza 71 aviões e para os próximos oito anos está programada a entrega de mais 100 aeronaves. Para o quarto trimestre de 2014, a empresa recebe dez aeronaves A380 e novos aviões 777. "Não temos, por enquanto, qualquer intenção de trazer o A380 para o Brasil", concluiu.
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